Autismo - Atypical//The Good Doctor


Hoje trago-vos de novo um post a falar sobre séries mas este também vai ser uma reflexão. Quem não conhece as duas séries se calhar não entende o o que elas têm a em comum, mas esta duas séries falam sobre Autismo.
 Para quem não sabe:
Autismo é um distúrbio neurológico que prejudica o desenvolvimento da comunicação e das relações sociais do seu portador. Também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), o autismo não tem cura, mas com o correto tratamento a pessoa pode ter uma vida normal, dependendo do nível de gravidade do distúrbio que possui. 

 Estas séries contam as histórias de dois jovens muito diferentes mas que pertencem ao espetro autista. Tendo dificuldade em relacionar-se com os outros, em expressar aquilo que sentem, costumam ter alguns comportamentos repetitivos e ou o interesse compulsivo por algo. Ambas abordam o tema de uma forma muito interessante mostrando-nos duas personagens que conseguem viver em sociedade, que trabalham e estudam.
Como já devem ter percebido as séries são o Atypical e o The Good Doctor. Por isso vamos falar sobre como cada série aborda este distúrbio. 
Atypical 
Esta série acompanha a vida de Sam Gardner, um adolescente autista que decide tentar ter uma namorada e  começar a ser mais independente. Sam está a tentar fazer tudo aquilo que adolescente normalmente costumam fazer, e que o que a série nos mostra (e bem) é a dificuldade que ele tem em fazê-lo, porque sejamos sinceros se para um adolescente sem qualquer problema expressar.se a adolescência já consegue ser (bastante) complicada imaginem para um que tem. Também vamos conhecendo a família de Sam e percebemos como o seu transtorno afetou toda a sua família e como alterou as vidas de cada um deles. 
O Atypical deu-me a conhecer como é ser um adolescente autista numa sociedade que ainda não sabe lidar com quem é diferente e que infelizmente continua a ser muito preconceituosa e chegando até a ser má. No entanto, também é giro ver Sam a tornar-se independente e ver as amizades que ele já tem e algumas que ele vai fazendo ao longo das duas temporadas. 
E como é óbvio vamos vê-lo também apaixonado e a sofrer por amor e o quão sombrio o mundo dele se pode tornar quando alguém o trata mal. E também como é que ele o que é que ele faz  quando se apercebe que magoou alguém. 
É importante salientar que durante a série conseguimos perceber muito bem por tudo aquilo que os pais de Sam passaram desde que souberam do diagnóstico do filho. E de todas a família teve de abdicar de certas coisa por causa de Sam e das dificuldades que tem e é impossível não sentir alguma compaixão por eles é fácil julgar algumas decisões que eles tomaram mas por um lado também nos estamos sempre a perguntar “Mas e se eu fosse comigo?” (Estes são os temas mais abordados na primeira temporada, não consigo falar sem dar spoilers da primeira, sorry).  
E já agora se gostam muito de pinguins e da Antártida sem dúvida que deviam e ver esta série e mais não digo.  

The Good Doctor
A série mostra-nos a vida de Shaun Murphy, um jovem cirurgião que sofre de autismo e do síndrome de Savant, conhecido como o “síndrome do sábio”, uma doença que dificulta o relacionamento com os outros, e que também lhe permite desenvolver habilidades mentais prodigiosas, como é o caso da sua extraordinária memória. Mas fora as suas virtudes e seu esforço que o tornaram um excelente médico e fizeram com que fosse contratado pelo doutor Aaron Glassman na unidade de cirurgia do prestigioso San José St. Bonaventure Hospital. No entanto, como é lógico nem todos os seus colegas e superiores acreditam que Shaun conseguirá trabalhar como cirurgião pois acreditam que o sua condição o fará cometer erros que outros não fariam. The Good Doctor explora o autismo a meu ver de duas formas. No passado onde nos dão a conhecer a história trágica de Shaun e nos dão a entender que nem sempre todas as famílias aceitam bem e conseguem lidar com este tipo de doenças. É sinceramente a parte mais triste da série mas é muito importante para o desenvolvimento da personagem. E no presente onde vemos Shaun a ser um excelente cirurgião, mas não conseguimos vê-lo a comunicar bem com os seus pacientes. Ele não consegue bem controlar o que deve de dizer e o que não deve dizer sendo por vezes demasiado frontal em frente aos doentes causando algum desconforto. 
No entanto na segunda temporada, vê-mo-lo a tentar melhorar a sua comunicação e tentar sentir mais compaixão pelos seus doentes. Não que Shaun seja insensível mas por ser tão literal e frontal não se consegue colocar tão facilmente no lugar dos seus pacientes e também nos do seus amigos. Apesar dos colegas internos conseguirem trabalhar bem com Shaun, ainda assistimos a algum preconceito por parte dos chefes que exigem que Murphy seja excelente e que lhe dizem que ao mínimo erro pode ser despedido, algo que não acontece com os outros colegas. 
Para mim, o que torna esta série tão interessante é pudermos ver como um médico inteligentíssimo como Murphy a não conseguir entender a importância das coisas mais simples da nossa vida, como por exemplo sorrir. Ele(literalmente) não entende o porquê das pessoas sorrirem mas tenta descobri-lo, isto porque os colegas e amigos o incentivam a fazer. Shaun Murphy é sem dúvida umas das personagens mais queridas que e lembro, porque mesmo tendo dificuldades em entender os outros quando se apercebe que os que o rodeiam  estão tristes tenta sempre ajudá-los e quando faz asneiras não desiste até ser desculpado ou pelo menos ouvido. E agora para acabar, queria só dizer que se não fossem estas séries eu nunca teria a compaixão e não seria tão sensível à temática do autismo. E que por vezes as séries não nos dão só a conhecer vidas fúteis e idealistas, como alguns pensam. Às vezes, também também falam sobre temas importantes e dão-nos a conhecer pessoas com problemas e com histórias de vida completamente diferentes das nossas e devia de haver mais séries a falar sobre pessoas com algum tipo de deficiência até para as incluir mais neste mundo das séries. Aconselho-vos sinceramente a verem estas duas séries mais que não seja pelo trabalho excelente feito dois atores que já vale pena. E por fim deixo-vos com uma frase de Atypical para saberem que às vezes as coisas não são bem como nós achamos. 
Obrigada e vemo-nos no próximo post!





                                    

                                                      Catarina Cardeira

Comentários

  1. Conheço The Good Doctor mas nunca vi. Mas achei muito interessante Atypical. ��

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    1. Então aconselho-te a ver o The Good Doctor! É muito fixe e a personagem tem algumas características que o Sam não tem e mostra-nos um outro lado do Autismo, porque o Shaun já é adulto.
      O Atypical é lindo, acho que essa frase do final resume bem aquilo que eles tentam passar na série. Estou à espera para ver o que nos reserva a 3° temporada!!

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  2. Eu vi a TOUCH que também aborda este tema e foi uma das séries que mais gostei. Infelizmente não deram continuidade...

    �� Diva

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    1. Eu também comecei a ver, mas como era mais nova e via sozinha desisti. Mas lembro-me bem ele também era um génio e o ator também fazia um trabalho espetacular!!

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